Poupar e gastar no casamento

Poupar e gastar no casamento

Por Marco Goulart

 

Um dos maiores benefícios do casamento é andar ao lado de uma pessoa que é diferente de nós. Por isso o diálogo e reflexão sobre como nossa personalidade influencia nosso casamento são importantes para um casamento saudável.

A tendência natural é enxergarmos nossas atitudes como mais apropriadas, e pensarmos nas atitudes de nosso cônjuge como menos adequadas. O poupador, por exemplo, pode ficar desapontado quando seu cônjuge compra um presente caríssimo para um amigo ou amiga, deixando de lado os objetivos de poupança que haviam combinado. Já o gastador, pode ficar desapontado quando seu cônjuge o presenteia com algo que remete ao passado do seu relacionamento (como uma lembrança do dia em que começaram a namorar), mas que não tem um significado grande do ponto de vista de sacrifício financeiro.

No casamento ocorre a união entre homem e mulher, seus bens, suas personalidades, e toda a bagagem cultural que receberam de suas famílias. Situações de conflito no casamento podem ser geradas por nossas personalidades e hábitos em relação ao dinheiro e bens, atitudes que muitas vezes herdamos de nossos familiares. A esposa pode ser poupadora, e o marido gastador, e vice-versa. Existem vantagens e desvantagens para os dois lados, e pensar nestes pontos pode auxiliar o diálogo na direção do equilíbrio emocional e financeiro do relacionamento. Como está o seu relacionamento?

Lado bom dos poupadores:

  • Em uma sociedade consumista pessoas poupadoras servem de exemplo, como modelo de frugalidade e autodisciplina para filhos e relacionamentos.
  • Pensam a longo prazo, o que traz benefícios para um futuro mais estável (aposentadoria)
  • Tendem a comprar apensar o que precisam. Não desperdiçam recursos comprando coisas que nunca serão utilizadas, são racionais nas decisões de compra.

Lado ruim dos poupadores:

  • Podem ser avarentos, privando a si mesmas e seus familiares de coisas boas que Deus criou para a alegria e bem-estar da família.
  • Podem ser excessivamente negativas e sem entusiasmo por aquilo que seus familiares apreciam.
  • Podem confiar na própria situação financeira, em vez de confiarem no Criador. Buscam segurança no dinheiro.

 

O lado bom dos gastadores:

  • Não têm medo de investir em experiências que podem gerar boas recordações
  • Em geral são pessoas divertidas e bem-humoradas
  • Em geral compartilham mais o que possuem são generosos. Gostam de gastar dinheiro com outras pessoas assim como fazem consigo.

O lado ruim dos gastadores:

  • Têm pouca disciplina financeira, baixo autocontrole. Geralmente não sabem quando ganham nem quanto estão gastando.
  • Se endividam com frequência. A falta de controle leva a dívidas em cartão de crédito, empréstimo consignado e com familiares.
  • Podem estar aliviando depressão e ansiedade nas compras. A sensação temporária de bem-estar que vem das compras mascara uma questão emocional ou espiritual que precisa ser resolvida.

 

Referência:

PALMER, Scott; PALMER, Bethany. Cents & Sensibility: How couples can agree about money. Colorado Springs: Cook Comunication, 2005. 288 p.

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